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Oração à Santa Sara

Santa Sara, pelas forças das águas Santa Sara, com seus mistérios, possa estar sempre ao meu lado, pela força da natureza. Nós, filhos dos ventos, das estrelas e da lua cheia, pedimos à Senhora que esteja sempre ao nosso lado; pela figa, pela estrela de cinco pontas; pelos cristais que hão de brilhar sempre em nossas vidas. E que os inimigos nunca nos enxerguem, como a noite escura, sem estrelas e sem luar. A Tsara é o descanso do dia a dia, A Tsara é a nossa tenda. Santa Sara, me abençoe; Santa Sara, me acompanhe. Santa Sara, ilumine minha Tsara, para que todos que batam à minha porta eu tenha sempre uma palavra de amor e de caminho. Santa Sara, que eu nunca seja uma pessoa orgulhosa, que eu seja sempre o(a) mesmo(a)... PESSOA HUMILDE!"

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O MACHISMO CIGANO


O Machismo Cigano
O dito machismo presente entre as culturas ciganas é assunto bastante polêmico… O que podemos dizer é que, na maior parte das vezes, esta afirmação é verdadeira.

O homem ocupa a função de patriarca, de chefe da família, na maioria dos grupos ciganos, sendo que deve ser respeitado como tal. À mulher cabe o cuidado para com os filhos e o marido, assim como os afazeres domésticos. Em alguns grupos clãs, a mulher além de dever obediência total ao marido, raramente opina nas questões mais importantes. E, olhando por este prisma, realmente veremos a sociedade cigana como extremamente machista.

No entanto, ao encararmos por um outro ângulo veremos que também é de incumbência do homem cigano, na maior parte dos clãs, proteger a família, assim como ser o braço forte no âmbito familiar. Também este homem deverá ser a sua esposa não só fiel, como também ser seu apoio e segurança.
Às mulheres cabe o papel de transferir ao marido e aos filhos a docilidade feminina, assim como incentivar o companheirismo e o amor familiar. A esta mulher também recairá a responsabilidade de ensinar a prole os bons valores, a beleza da vida e seus encargos, bem como manter este lar em um ambiente alegre e aconchegante.

Vamos dizer, pois, que os papéis são muito bem definidos entre homens e mulheres e, que, de certa forma, os valores representados na unidade familiar cigana são relativamente conhecidos, apesar de antigos se comparados a atual sociedade não-cigana. Pode-se concluir que o dito machismo cigano não passa de uma questão de ponto de vista ou mesmo de criação.

O cigano é um povo apegado aos seus próprios conceitos e isso se explica de uma forma bastante simples. Foi este um povo perseguido ( e ainda é acossado, na maior parte das vezes), vítima de todo tipo de preconceito e de uma mítica equivocada a seu respeito. É normal que sejam defensivos e, que esta conservação esteja galgada na preservação de seus valores tradicionais, bem como em sua forma de viver e coexistir entre seus pares. São defensivos quanto aos conceitos externos, especialmente os valores provenientes dos possíveis criadores de tal discriminação. Daí, a existência de costumes e hábitos já decadentes na sociedade gadjô (não-cigana) como os descritos, que ainda são correntes no meio cigano.

Errados? Certos? Difícil de dizer. Como já se afirmou, tudo pode apenas residir em uma questão de concepção e entendimento ou até de formação. O importante é que resida e impere a compreensão e a sabedoria na compreensão das culturas diversas – tanto para ciganos, quanto para não-ciganos.

Por Lyanka Alexys

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